Poster (Painel)
199-2 | COMUNIDADES BACTERIANAS DEGRADADORAS DE ÓLEO CRU PRESENTES EM ECOSSISTEMAS DO LITORAL DO RIO DE JANEIRO COM DIFERENTES SALINIDADES | Autores: | Netto, M.C.M. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Jurelevicius, D. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Couto, C.R.A. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Alvarez, V.M. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Seldin, L. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) |
Resumo A ampliação das atividades de exploração de petróleo em plataformas offshore no litoral brasileiro aumenta o risco de contaminação ambiental. Hidrocarbonetos do petróleo podem ser degradados por diversas espécies de bactérias, as quais são de grande interesse para biorremediação de ambientes contaminados. Entretanto, muito pouco é conhecido sobre a comunidade bacteriana degradadora de hidrocarbonetos do petróleo (CBDHP) em ecossistemas com diferentes concentrações de sal. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi de estudar a CBDHP presente em ecossistemas costeiros contendo diferentes salinidades. Para isso, foram coletadas amostras de água de quatro ecossistemas localizados no litoral do Estado do Rio de Janeiro: Praia Seca, Lagoa de Araruama e de dois sistemas salinares (Salina 1 e Salina 2). As salinidades desses ecossistemas variaram de 3,2% a 30% de sal. Para estudar a CBDHP, foram montados microcosmos contendo 20 ml de água coletada e contaminados com 1% de óleo cru. Posteriormente, a comunidade bacteriana foi analisada através de ferramentas moleculares (PCR-DGGE), após 0, 5, 15, 30 e 45 dias da montagem dos microcosmos. Os resultados dos perfis de DGGE mostraram que a contaminação com óleo levou ao enriquecimento de uma comunidade bacteriana específica para cada ecossistema estudado. Entretanto, foi observado que quanto maior a salinidade das amostras, menores foram as alterações na estrutura da comunidade bacteriana ao longo do tempo do experimento. As bandas mais dominantes dos géis de DGGE foram extraídas, reamplificadas e, posteriormente, sequenciadas. O resultado mostrou que bandas relacionadas com os gêneros Roseobacter e Alcanivorax foram detectadas nas amostras de Praia Seca após a contaminação com óleo cru, enquanto nas amostras da Lagoa de Araruama os principais gêneros detectados foram Hahella e Alcanivorax. Por outro lado, bandas relacionadas aos gêneros Halomonas, Marinobacter, Spiribacter e Salinibacter foram detectadas nas amostras dos dois sistemas salinares, após a contaminação com óleo cru. Análises multivariadas utilizando o método não métrico de escalamento multidirecional (NMDS), baseado nas matrizes binárias geradas a partir da DGGE, mostraram a separação das amostras em dois grupos principais com base na salinidade das amostras: um grupo referente às amostras com salinidade inferior a 5% e o segundo grupo referente às amostras com salinidade superior a 10%. Palavras-chave: Bactérias degradadoras, Biodegradação, Ecossistemas Salinos, Petróleo |